Neste sábado, Salvador foi palco de uma celebração única: o Dia Nacional da Baiana de Acarajé. Uma festa que não foi apenas uma homenagem, mas um reconhecimento vivo da cultura afro-brasileira e da tradição enraizada nas quituteiras da cidade.
Ao lado do Monumento da Cruz Caída, na Praça da Sé, o Governo Bruno Reis entregou 580 kits a essas mestras do acarajé. Não eram kits comuns, mas um conjunto completo de ferramentas para elevar ainda mais a arte delas: tabuleiros, sombreiros, vestimentas típicas, caixas térmicas e muito mais.
Bruno ressaltou a importância das baianas como emblemas da cidade e anunciou que, com um investimento de R$ 2,2 milhões, esse é só o começo. A ideia é alcançar mais de 580 baianas até o final de 2024. E não para por aí: quiosques, monumentos e reformas estão a caminho, além de um projeto que isenta as baianas de acarajé do pagamento de licenças.

A presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam), Rita Santos, celebrou esses avanços, destacando o mapeamento feito pela prefeitura e a importância desses utensílios no dia a dia.
O Centro Histórico de Salvador se encheu de cor e alegria, com uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e um cortejo até a Praça da Sé, embalado pelos ritmos do grupo Tambores e Cores. No Memorial das Baianas, um almoço especial foi servido, seguido de apresentações musicais. Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo, enfatizou o apoio da Prefeitura a essa celebração, parte do Novembro Salvador Capital Afro.
Baianas de acarajé são mais do que vendedoras de um prato típico: elas são guardiãs de um patrimônio cultural brasileiro, reconhecido desde 2004, e um patrimônio imaterial da Bahia desde 2012. O acarajé, por si só, carrega o título de patrimônio cultural de Salvador desde 2002.
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