A vitória de Javier Milei na Argentina está mexendo com os bastidores da política brasileira. O governo de Lula, por exemplo, está em uma espécie de modo de espera, tentando entender o que essa mudança significa para o Brasil, especialmente no que se refere às relações com o nosso vizinho.
O convite de Milei a Bolsonaro para sua posse em dezembro já causou um certo burburinho. Por um lado, isso parece um sinal de que as relações Brasil-Argentina podem tomar um novo rumo. Por outro lado, ainda existe uma esperança no Palácio do Planalto de que Milei possa adotar uma postura mais pragmática, especialmente por conta da importância do Brasil como parceiro comercial.

O interessante aqui é a estratégia do governo Lula. Ao que tudo indica, ele vai deixar que seus ministros lidem com o embate político, evitando assim dar um tom muito institucional às críticas a Milei. Isso ficou claro com as declarações de Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, que falou sobre a necessidade de um pedido de desculpas de Milei a Lula.
Enquanto isso, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, optou por uma abordagem mais cautelosa, sugerindo que é melhor “aguardar” para ver o que acontece. Essa postura reflete a incerteza sobre como Milei vai se comportar no poder.
No meio de tudo isso, a preocupação com as questões climáticas fica evidente. O governo brasileiro está atento à COP, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que acontecerá em Dubai. Existe uma certa apreensão sobre como a postura “negacionista” de Milei pode afetar a união da América do Sul em torno desse tema.
O que vem pela frente ainda é uma incógnita.
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