
A reação ao pronunciamento de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na noite de quarta-feira (27), foi imediata e negativa. O dólar disparou, a curva de juros subiu e as expectativas de inflação foram reajustadas para cima.
Em vez de responder com autocrítica, Rui Costa voltou ao velho discurso de que o “mercado” é inimigo da pátria, ignorando que quem movimenta o câmbio são empresas, investidores e cidadãos que ajustam suas expectativas econômicas conforme os sinais enviados pelo governo.
O cenário fiscal reflete uma gestão que coleciona números alarmantes. Desonerações recordes somam quase R$ 600 bilhões em 2024, enquanto os gastos públicos continuam subindo em ritmo acelerado, com alta de R$ 400 bilhões anuais desde 2022. Apesar da arrecadação recorde de R$ 250 bilhões em outubro, a expansão dos gastos supera qualquer crescimento de receita. Mesmo assim, o governo insiste em manobras fiscais, como decisões do STF que retiram despesas bilionárias do orçamento, para tentar equilibrar as contas.
O lulopetismo, na figura do petista Rui Costa, parece recorrer ao mesmo roteiro para justificar os problemas: culpar o governo anterior ou criar um inimigo imaginário, como o “mercado”. É a mesma lógica aplicada ao Banco Central e até a tragédias como Brumadinho, quando privatizações foram responsabilizadas.
Enquanto isso, questões estruturais são ignoradas, e a confiança de investidores e da população vai sendo corroída, refletindo diretamente no bolso do cidadão comum.
No fim das contas, o “mercado” é formado por todos nós, trabalhadores, empresários e consumidores que tentam sobreviver e prosperar. Demonizá-lo é ignorar que são essas pessoas que movimentam a economia e criam riqueza.
Em vez de atacar quem consegue resultados, o “governo” deveria focar em soluções reais para a crise fiscal, respeitando a lógica econômica e construindo um ambiente favorável, e seguro, para todos.