A entrevista de Javier Milei ao jornalista peruano Jaime Bayly desperta ecos de uma retórica firme e polarizadora. A determinação em se distanciar de qualquer governo que carregue o estandarte do socialismo ressalta um cenário internacional já bastante fragmentado. Suas declarações sobre a retirada de embaixadores de países sob regimes socialistas e autocráticos são fortes e objetivas.
A assertividade de Milei ao classificar o ex-presidente brasileiro Lula como “comunista e corrupto” mostra que a diplomacia, sob sua liderança, pode tomar rumos inesperados e talvez tensos, refletindo a complexidade das relações sul-americanas no cenário político atual. O candidato delineia sua política externa com traços de um idealismo libertário, onde o livre comércio surge como uma filosofia dominante, alijando o Estado da esfera de influência sobre as decisões comerciais individuais e empresariais.

Milei também não deixa pedra sobre pedra ao falar sobre terrorismo e regimes autocráticos, categorizando-os como inimigos da liberdade e do progresso. A defesa incondicional de países como Israel e Ucrânia marca a sua postura no espectro global, alinhando-se com nações que, segundo ele, representam o “mundo livre”. Essa narrativa ressoa com segmentos da população que veem com desconfiança qualquer inclinação socialista e apoiam uma política externa baseada em princípios ideológicos claros.
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