
O MST voltou a intensificar suas invasões pelo país, ignorando qualquer tentativa de diálogo do governo Lula. Somente entre os dias 11 e 14 de março, o movimento realizou mais de 70 ocupações em estados como Bahia, Ceará e Espírito Santo. Na Chapada Diamantina, 300 famílias tomaram terras em Nova Redenção e Boa Vista do Tupim, enquanto no sul da Bahia, bloqueios foram registrados na BR-101.
Mesmo após Lula ter declarado em evento que os sem-terra são seus “amigos de verdade”, o MST segue pressionando o governo por mais desapropriações, expondo a fragilidade da gestão petista.
No Espírito Santo, cerca de mil mulheres invadiram uma área da Suzano Papel e Celulose, movimento que gerou reações do setor produtivo e da própria empresa, que obteve na Justiça uma liminar para reintegração de posse. Em São Paulo, os invasores ocuparam a sede do Incra, enquanto no Nordeste, o MST direcionou ataques contra o agronegócio e obras de infraestrutura.
O aumento das ocupações reforça o retorno da radicalização do movimento, que se manteve mais discreto durante o governo Bolsonaro e agora sente-se à vontade para intensificar sua agenda.
A retomada das invasões ocorre uma semana após Lula visitar um assentamento em Minas Gerais e anunciar a destinação de terras para a reforma agrária. No entanto, o MST critica a lentidão do governo petista e cobra mais verbas para desapropriações.
O movimento, que já enfrentou uma CPI no Congresso em 2023, age cada vez mais com a certeza da impunidade, enquanto o governo mantém uma postura permissiva diante do avanço sobre propriedades privadas.