Representantes discutem com vereadores demandas e reivindicações em infraestrutura, mobilidade, saúde e segurança na terceira edição do Câmara Itinerante em Cajazeiras

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

A Câmara Municipal de Salvador realizou na tarde de segunda-feira (14), a terceira edição do projeto Câmara Itinerante 2017. A sessão ordinária, com a presença de vereadores, aconteceu no ginásio poliesportivo em Cajazeiras, onde atraiu a presença dos moradores da região que tiveram a oportunidade de conhecer e participar dos trabalhos do Legislativo, apresentar os problemas nas áreas de infraestrutura, mobilidade, saúde e segurança, propor ideias e ouvir as proposições dos parlamentares para melhorias na comunidade.

Durante o evento, foi possível que vereadores e população estivessem em contato direto e dividissem a tribuna para apresentar demandas e reivindicações de melhorias no bairro. Na oportunidade, os vereadores debateram com a população os problemas da região.

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Infraestrutura, mobilidade, saúde e segurança, foram as principais reivindicações apresentadas pelos líderes comunitários e moradores de Cajazeiras, que é considerada uma cidade dentro de outra cidade pela sua extensão geográfica onde tem cerca de 600 mil habitantes.

A Câmara Itinerante é um projeto que visa levar a Câmara Municipal de Salvador até a comunidade para realizar sessões nos bairros da cidade com o objetivo de ouvir as demandas da população.

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Além do presidente, estiveram também presentes os vereadores Orlando Palhinha (DEM), Duda Sanches (DEM), Ricardo Almeida (PSC), Kiki Bispo (PTB), Henrique Carballal (PV), Felipe Lucas (PMDB), Cezar Leite (PSDB), Ana Rita Tavares (PMB), Atanázio Júlio (PSDB), Téo Senna (PHS), Igor Kannário (PHS), Joceval Rodrigues (PPS), Ireuda Silva (PRB), Luiz Carlos (PRB), Isnard Araújo (PHS), Aladilce Souza (PCdoB), Hélio Ferreira (PCdoB) e Marta Rodrigues (PT).

Após a leitura das proposições apresentadas, o presidente da Casa, vereador Leo Prates abriu um espaço para alguns representantes, que reforçaram os pedidos dos parlamentares e mostraram-se satisfeitos com a realização da sessão itinerante.

O presidente Leo Prates ressaltou a presença dos vereadores e da comunidade e disse que, “no exercício desta função, temos que fiscalizar a administração municipal e atender a nossa comunidade, sendo mediador entre a população e o executivo municipal para ter suas reivindicações acolhidas”.

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

“Essa sessão é para compreender como é o funcionamento da Câmara Municipal que, com a Câmara Itinerante, cumpre o seu papel”, acredita o vereador.

A ação aconteceu durante toda a tarde e as principais reivindicações serão levadas ao plenário da Câmara, em busca de solução.

Conforme a coordenadora do Câmara Itinerante, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), esta é a terceira edição do projeto, que tem como objetivo aproximar o Poder Legislativo da população.

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“Nós estamos muito alegres pela mobilização que foi feita em Cajazeiras, que é um bairro, praticamente, uma cidade dentro de Salvador, tem mil problemas, mas tem também uma comunidade organizada. Nós temos aqui diversas instituições, tem um conselho popular que reúne grupos de jovens, associações de moradores, associações culturais, grupos ambientalistas que fizeram essa construção para trazer as demandas da comunidade de Cajazeiras. Nós esperamos que o pessoal traga todas as questões, ou pelo menos, a maioria para que a Câmara possa responsabilizar em encaminhar isso para o Executivo. A Câmara não executa serviços e nem obras, apenas faz a intermediação entre a comunidade e o Poder Executivo, e é exatamente isso que nós queremos. Esta é uma sessão ordinária em que a Câmara está se deslocando da Praça Municipal para Cajazeras para ouvir a população nesse canal de diálogo direto, olho no olho da comunidade com os seus vereadores, ouvir, transformar todas as demandas que forem apresentadas ou em requerimentos de obras e serviços ou projeto de indicação, projeto de lei ou fazer outros momentos de debate sobre determinado ponto que a gente acha que precisa aprofundar e, a partir dai, ajudar a comunidade. Queremos ouvir a sociedade, suas ideias, críticas e sugestões para aprimorar nossa atuação na Câmara e ser a voz das comunidades na cobrança de soluções junto ao Executivo. É uma aproximação do poder público da população. Essa gestão é a gestão de transformar a Câmara no poder do cidadão, o que nós sabemos que é muito necessário em uma democracia em que a gente precisa ouvir o povo”, destaca.

Tres representantes de Cajazeiras discutiram com os vereadores as principais demandas e reivindicações da região nas áreas de infraestrutura, mobilidade, saúde e segurança.
“Eu acho importante a democracia e a participação da comunidade. É importante que nós líderes comunitários saibamos os problemas da comunidade, porque conhecemos tudo de perto. Eu acho importante os vereadores, representantes do povo, também ouvirem a comunidade. Como líder comunitário, temos vários projetos, um deles é no combate a violência e as drogas. Nós precisamos de segurança, tanto da parte do município quanto da parte do Estado e queremos o apoio do poder público. Além disso, reivindico a luta pela construção do Centro Cultural de Cajazeiras para os jovens. Nós entregamos ao prefeito também um projeto para construção de uma escola em tempo integral para a comunidade. O Centro Cultural tem que ser independente. Ai coloca um diretor lá e a comunidade não tem acesso. Outra demanda é o Cemitério de  Cajazeiras que, até hoje, já não se fala mais no Cemitério. Hoje, uma pessoa morre e vem pedir ao líder comunitário e quando chega no Cemitério não tem nem lugar mais para enterrar. Tudo isso tem que ser analisado para beneficiar a comunidade que mais precisa. Construção de praças e quadras poliesportivas também, porque Cajazeiras precisa ter uma área de lazer. Iluminação também precisa. Parabenizar a Prefeitura pelo que já fez em Cajazeiras, como as vias de  acesso, o Mercado Popular, mas muitas coisas precisam vim para a comunidade. Agradeço o apoio dos vereadores e Cajazeiras, sendo uma cidade dentro de outra cidade, tem que ser respeitada”, diz Evanir Borges, líder comunitário.
“Hoje nós temos uma frota de 35 ônibus. Em vez da frota aumentar diminuiu significativamente e isso tem causado um transtorno muito grande para a população de Cajazeiras. Penso que deve ter em Cajazeiras uma sessão extraordinária para discutir um assunto no tocante a mobilidade de uma forma geral, porque Cajazeiras, que tem 600 mil habitantes, é um das poucas áreas em número de população e uma das maiores da história da Bahia. Nós não temos sequer 1 metro de ciclovia. Muita gente de Cajazeiras anda a pé porque não pode pagar o transporte. Ésta é a oportunidade para que os vereadores recebam as nossas demandas e façam projetos de lei. As nossas calçadas estão em estado de calamidade. É  preciso que o poder público dê um pouco mais de atenção em relação a isso. Rampas de acesso em Cajazeiras não existem. Cajazeiras tem 40 anos de existência e já estamos convivendo com isso há muitos anos e já não dar mais para conviver com esse tipo de coisa, porque os nossos deficientes, portadores de necessidades sofrem muito com isso. Uma outra coisa para ressaltar são os nossos atendimentoss médicos. Nós não temos os nossos postos de saúde funcionando. A saúde suplementar é o que a gente mais necessita no dia a dia e nós não temos. Peço para que os vereadores olhem para as nossas demandas. Eu estou falando de Cajazeiras, mas esse problemas deve ocorrer em outros bairros de Salvador. Os soteropolitanos não aguentam mais conviver com esse tipo de coisa. Isso é um problema que se arrasta há décadas. Essa sessão é um momento importante e que o que for apresentado de demanda saia do papel”, pede Bonifácio Gomes, outro líder comuntário.
Morador de Cajazeiras 3, Luís Barreto, que milita pelas demandas da comunidade na região, apresentou também as reivindicações.

“A nossa reivindicação há mais de 10 anos é o nosso posto de saúde da Fazenda Grande 3. Nós tinhamos conseguido o terreno que hoje está sendo implantado e inaugurado a Creche da Fazenda Grande 3. Mesmo assim, nós estamos brigando por isso, porque até hoje nós não conseguimos obter sucesso de ter o nosso posto de saúde em Fazenda Grande 3. Isso é uma demanda já cobrada, porque não tem como aquele povo está sofrendo sem posto de saúde. A outra questão é a iluminação, porque a situação é horrível, e ai, a gente fica sem segurança. Nós pedimos providências urgentes, porque não pode acontecer esses fatos. A outra questão é os passeios de Cajazeiras. Não existe passeio, pois tem que ser feito um trabalho que não existe. As pessoas estão caindo. Na avenida Coqueiro Grande, avenida principal de Cajazeiras, não tem nada, o asfalto derrete. Eu acho também que tem que acabar esse negócio de tapa buraco. Que bota outro e depois de 15 dias está tudo derretido, porque simplesmente colocam o asfalto em cima de um arenoso. Isso é um absurdo. Precisamos ver esses pontos, sei das dificuldades, mas precisamos olhar essas coisas de frente. O voto é a nossa arma e precisamos valorizar o nosso voto”, diz o morador.

Câmara Itinerante 

A continuidade do projeto Câmara Itinerante foi um compromisso de campanha do vereador Leo Prates, durante o período eleitoral ara presidente do Legislativo Municipal, pois, conforme Prates, “percebemos a necessidade de sairmos do gabinete para estar mais perto da comunidade, verificando in loco as demandas”.

Prates sugeriu a possibilidade de realização de audiência pública a pedido dos moradores da região prevista para ocorrer no mês em setembro.

 Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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