
Em referëncia ao Mês da Consciência Negra, Suíca argumenta: “esse novembro é de reflexão, para que a gente possa buscar liberdade de verdade, sem jogar pedra naqueles que podem nos ajudar e estar do nosso lado, nos fortalecendo. Estou aqui por aqueles que têm sensibilidade e têm em suas tarefas os direitos humanos. Assim são os blocos afros da Bahia”.
Acesso à Universidade
Sobre a política de cotas nas universidades, o vereador petista ponderou: “Não podemos ser hipócritas, temos de reconhecer que não adianta apenas colocar poucos negros na faculdade, tem que colocar em outras áreas do social também, inclusive na cultura”. E completou: “O governo estadual não tem um projeto político para que a gente seja igual, porque a igualdade para mim é utópica, mas que ao menos tenhamos dignidade, que nós sejamos garis, carpinteiros, advogados, e que coloquemos mais negros na universidade, na Assembleia Legislativa… Nós precisamos de gente que possa ter essa sensibilidade”.
Sindicalista, Suíca fez questão de frisar que o Sindilimp fortaleceu sua atuação como homem negro e criticou os ataques contra a entidade. “Um sindicato que só quer lutar por direitos, por liberdade, para que seus trabalhadores recebam seus salários e vivam de forma digna, isso é uma questão até de direitos humanos. Não quero estar junto de quem me maltrata, de quem maltrata o povo, as mulheres, e esse Estado faz isso de forma perversa, deixa trabalhadores sem salários, manda matar jovens, não apresenta perspectiva, nenhuma esperança. Apostamos em um projeto e esse projeto não aconteceu em 2002, com a chegada de Lula ou de Dilma, e vem sem acontecer desde Zumbi, de Dandara, Luísa Mahin, de todas essas pessoas que fizeram com que a luta se iniciasse e continuasse”, declara.
O vereador deixou claro também sua posição em relação à liberdade partidária: “o que a gente precisa é de vozes, mas que falem a verdade, não precisamos ser um partido de subalternos a qualquer projeto político. Isso eu não sou. Nasci livre e sou um homem livre e aqueles que me seguem têm que ser livres também. Não podemos ser subalternos a um projeto político perverso, individualista. A liberdade é coletiva, caso contrário, não é liberdade”.
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