ACM Neto considera desistência de candidatura como ‘decisão acertada’ em entrevista: “minha vontade era muito mais de ficar do que renunciar”

Crédito: Vagner Souza

A desistência do prefeito e presidente do Democratas, ACM Neto, pela disputa ao governo do Estado nas eleições deste ano, surpreendeu toda a classe política baiana, mas Neto considera que a decisão de ficar fora do pleito foi ‘acertada’ em entrevista à Rádio Itapoan FM na noite desta quinta-feira (12).

Durante a conversa de pouco mais de uma hora, Neto reforçou a decisão de cumprir os quatro anos de mandato da Prefeitura, e portanto, está fora da disputa.

A partir dessa desistência de Neto, que estava na expectativa do seu grupo político e por muitos como candidato à sucessão estadual, o atual pré-candidato pelo DEM, José Ronaldo, vai entrar na disputa e lutar pelo governo do Estado.

Neto acredita que a chapa liderada por Zé Ronaldo vai atrair pra seu lado o PSDB dos pré-candidato João Gualberto e Jutahy Jr., dentre outros que compõem a oposição ao governador Rui Costa. O prefeito acredita que nessa linha, Ronaldo terá um papel de protagonismo. Ele deverá fazer uma avaliação muito madura de qual decisão tomara e qual rumo seguirá em torno da majoritária. O demista feirense é a grande aposta de Neto e será um divisor de águas nessa disputa.

Em uma conversa aberta com tom de sinceridade, Neto admitiu que seu grupo político “não foi pego de surpresa” ao saber da decisão de desistir da candidatura ao governo do Estado, antes mesmo do anúncio final e disse que a todo momento seus aliados tentaram fazer com que ele mudasse de ideia, mas que sua decisão foi tomada ou base em pesquisas que indicavam que 60% da população soteropolitana o queria na prefeitura até o final do mandato.

“Ninguém foi pego de surpresa. Vinha conversando com todos os partidos. As conversas se estendiam há alguns meses. Conversei com Jutahy Jr., mas no Carnaval tive uma conversa muito clara com Jutahy indicando que minha vontade era muito mais de ficar do que renunciar. Ele inclusive fez todos os esforços que eu fosse candidato. Assim como João Gualberto, que é meu amigo. Todos tinham conhecimento de como as coisas estavam acontecendo. Na reta final as pressões cresceram. Ela [decisão] só não foi anunciada anteriormente em consideração ao meu grupo que procurava agregar novos elementos políticos para me convencer de ser candidato. Eu pesei tudo isso”, explicou Neto.

Neto reafirmou que sua decisão de não levar adiante a ideia de candidatura ao governo do Estado foi pautada pelo trabalho desempenhado na Prefeitura, e não por um projeto de poder, e por este motivo, não podia renunciar o mandato. Para o demista, qualquer decisão que tomasse iria agradar a uns e desagradar a outros.

Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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