ACM Neto avalia que impacto da crise que desgastou o MDB levou partido abrir mão de candidatura ao governo da Bahia

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), admitiu que a crise do MDB motivou a desistência de sua candidatura ao governo da Bahia. O partido vive uma situação difícil na Bahia desde que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador ligado ao deputado federal Lúcio Vieira Lima e o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

“É óbvio, é inegável todo o desgaste que o MDB viveu aqui na Bahia, sobretudo nos últimos dois anos, e eu não queria trazer isso para o meu palanque. Eu não queria passar toda uma campanha justificando coisas que eu não tenho nenhuma responsabilidade. Por isso tinha decidido que o MDB não estaria na minha equação política. […] Não faço condenação prévia de ninguém, procuro manter o respeito nas relações pessoais, porém para mim estava muito claro que, caso eu fosse candidato a governador, deveria ser sem carregar isso comigo”, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra os emedebistas baianos, que viraram réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. ACM Neto voltou a negar que tenha perdido ao deputado Lúcio Vieira Lima para deixar o MDB. Nos bastidores, especulou-se que o democrata teria condicionado a candidatura a saída do parlamentar do partido. “Jamais. Jamais. Jamais. Tive vários diálogos com o deputado Lúcio e jamais pedi a ele que deixasse o MDB. Não houve isso em nenhuma hipótese”, frisou.

O prefeito disse, no entanto, que vai respeitar a decisão do pré-candidato do governo da Bahia, José Ronaldo (DEM), caso queira se coligar com o MDB. “Eu tenho dito que uma coisa é ACM Neto candidato a governador, pois caberia a mim decidir quem comporia meu palanque. Outra coisa é José Ronaldo. Se ele entender que deve negociar com o MDB, e o MDB quiser negociar com ele, ACM Neto terá que respeitar a condução do candidato. Então, essa definição não cabe a mim, cabe ao candidato ao governador”, ressaltou.

Ainda na entrevista, o prefeito refutou o rumor de que retardou o anúncio da desistência para evitar uma debandada no seu grupo político. “É óbvio que uma antecipação do anúncio da minha decisão poderia ter efeitos de mudança nessa configuração nossa muito maiores do que minha decisão ter acontecido no limite. Mas entenda que esse não foi o propósito. Isso foi o efeito, é uma consequência”, pontuou. Presidente nacional do Democratas, ACM Neto negou que o dirigente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, seja um candidato do governo do presidente Michel Temer (MDB) ao Palácio do Planalto. Além disso, voltou a criticar a gestão do presidente.“Não há nenhum governo perfeito nem nenhum governo apenas tomado por defeitos. Para mim, os dois grandes problemas foram a péssima comunicação e distanciamento completo das ruas, da realidade do povo, do dia a dia do brasileiro”, analisou.

Informações reproduzidas da Tribuna da Bahia On Line e Agência Estado

 

Sobre Emmanuel

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