
Apesar dos esforços do presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, em convencer o partido em torno do apoio a candidatura do presidenciável Ciro Gomes (PDT), a ideia sofre resistência por parte de uma ala da legenda que defende a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à sucessão presidencial, menos para o presidente da Câmara Municipal, vereador Leo Prates, que sustenta a preferência pelo pedetista.
A disputa interna no DEM em torno do apoio eleitoral a um dos presidenciáveis citados deixou o partido dividido entre um bloco que defende o tucano, e outro que prega uma aliança com o pedetista. De um lado está uma ala, que é majoritariamente pró-Alckmin, e do outro, a executiva do DEM e lideranças regionais do Nordeste que apoiam Ciro.
Mesmo com as divergências entre as alas do partido sobre Ciro, Prates continua a defender o apoio da legenda ao candidato do PDT. “Eu sou homem de partido. Eu seguirei o meu partido. O que o meu partido definir eu estarei junto com meu partido, porém, dentro do partido, eu defenderei a candidatura de Ciro Gomes à presidente”, disse Prates. “Eu me considero um político de centro, com idéias de centro em que procuro sempre equilibrar as posições. Eu acho que Ciro representa o que eu penso. Eu desejaria muito ver o Democratas com Ciro Gomes, mas volto a dizer: sou homem de partido e o que o meu partido encaminhar eu seguirei com muita disciplina e com muito afinco”, emenda.
Após recente conversa com Ciro Gomes durante um jantar, ACM Neto e Rodrigo Maia debateram abertamente com o pedetista na tentativa de conseguir aprovar no voto uma aliança com o presidenciável em diretórios como Bahia e Rio de Janeiro e falaram sobre resistências pontuais.
Segundo a coluna do Estadão, o grupo pró-Ciro tem hoje o favoritismo na disputa. O prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, tem sinalizado internamente que prefere apoiar o pedetista. Neto esteve em Brasília para buscar consenso entre as duas correntes.
A ideia do DEM gera divergências entre os democratas e os demais aliados do grupo político liderado pelo presidente nacional do partido. A convenção nacional da legenda, em que a decisão sobre as eleições presidenciais será tomada, só deve ocorrer em julho.
Mathias Jaimes e Rafael Santana com informações do Estadão