A trajetória religiosa de Madre Vitória da Encarnação, que em 2018 completa 303 anos de morte, foi celebrada em sessão especial na Câmara Municipal de Salvador. O evento realizado no Plenário Cosme de Farias, na noite desta quinta-feira (2), foi dirigido pelo vereador Euvaldo Jorge (PPS). A atividade in memoriam foi requerida pelo vereador licenciado Joceval Rodrigues.
A religiosa, considerada a “primeira santa da Bahia”, faleceu no Convento Santa Clara do Desterro, onde viveu enclausurada e cativou pela virtude da caridade. “Importante homenagear esta mulher de fé, que se dedicou para ajudar os mais necessitados e fez disso uma missão. É preciso contar quem Madre Vitória foi e o que ela representa não só para os cristãos, mas para todos como um exemplo de boas ações”, destacou Euvaldo.
Idealizador da homenagem, Joceval Rodrigues afirmou que a Madre Vitória da Encarnação deixou como legado uma vida de santidade. “Esta nossa homenagem é dedicada à primeira santa da Bahia, mas que curiosamente ainda não é (oficialmente) santa. Mas, em nossos corações já a chamamos assim”, frisou, declarando apoio à canonização da monja clarissa. Joceval também defendeu que o Convento do Desterro passe a integrar o roteiro de turismo religioso da cidade. O pedido de beatificação foi requerido pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. Nascida em Salvador no dia 6 de março de 1661, Madre Vitória da Encarnação era filha do capitão de Infantaria Bartolomeu Nabo Correia e de Luísa Bixarxe. Em 1686, aos 25 anos, ingressou no Mosteiro das Monjas Clarissas no Convento Santa Clara do Desterro, a primeira clausura feminina do Brasil, fundada em 1677.