A história e a trajetória de uma das maiores personalidades brasileiras, cujo anúncio da canonização pelo Vaticano completou dois anos na quinta-feira (1º), presentes em peças artísticas, documentos, objetos pessoais e mensagens que marcaram a vida da religiosa baiana, nascida em Salvador. O passeio pelo universo de Santa Dulce dos Pobres foi o mote do quarto roteiro do Live Tour Salvador que, na sexta-feira de 2 de julho, Dia da Independência do Brasil na Bahia, aportou no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na Cidade Baixa.
Na ocasião, o apresentador José Raimundo e Ronaldo Castro, monitor do Memorial Santa Dulce, mostraram ao vivo ao público momentos importantes da então freira, desde os locais que ela costumava frequentar para ajudar os pobres, como o antigo Alagados, a época do noviciado em Sergipe, os familiares e o galinheiro onde cuidava dos moradores em situação de rua e que, anos depois, cresceu e se transformou nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), visitada até mesmo por santos como o papa João Paulo II e a madre Teresa de Calcutá.
A devota de Santo Antônio tinha preferência por objetos pessoais na cor azul e tinha o acordeon como uma das demonstrações de alegria e de educação musical de crianças. Um dos momentos marcantes relatados por Castro foi a emoção de um senhor, ao ver uma representação no Memorial do choque entre um ônibus e um bonde ocorrido na Cidade Baixa, em 1959.
“Ao questionar a seu Antônio por que ele estava chorando, ele disse que lembrou quando foi salvo por Irmã Dulce nesse acidente.”
No quarto onde viveu até a morte, em 13 de março de 1992, impressiona a presença da roupa na qual Santa Dulce foi enterrada e que, ao ter os restos mortais transportados para o santuário, em 2010, ainda se mantinha intacta. Outro aspecto que chama a atenção é a poltrona onde passou a dormir desde 1956, cumprindo uma promessa pela recuperação da saúde da irmã, Dulcinha. Também foram relembrados os milagres que levaram Irmã Dulce à santificação, em outubro de 2019.
Já no Santuário, foi a vez de José Raimundo conversar com a guia Eli Libório, da Vivofap Tour. É na Capela das Relíquias que está o túmulo com os restos mortais de Santa Dulce e que possui uma representação da religiosa em tamanho original, feito em Nápoles, na Itália.
“Quando as pessoas chegam aqui choram muito, principalmente aquelas que foram ajudadas pela santa e que começam a compartilhar suas vivências”, declarou Eli. A guia completou que o local, que recebia 8 mil pessoas por mês, saltou para 20 mil pessoas por mês.
Turismo religioso – Em seguida, foi a vez do âncora Pedro Velozo mostrar ambientes como o café e a loja Santa Dulce e conversar com o guia Val Novaes, da Adval Turismo. O profissional relatou que Salvador tem como um dos marcos do turismo religioso o Santuário de Santa Dulce dos Pobres.
“Mas temos também outras igrejas, como a dos Alagados, da Conceição da Praia, do Bonfim e do Rosário dos Pretos. A capital baiana possui 372 igrejas, de acordo com a Arquidiocese de Salvador. E o turismo religioso não é apenas o católico – como descendentes de negros africanos que trouxeram o candomblé, a cidade possui mais de 1 mil terreiros das religiões de matriz africana”, completou Novaes.
O roteiro foi encerrado no fim do Caminho da Fé, que percorre o 1,1 quilômetro da Avenida Dendezeiros: a Colina Sagrada, que abriga a Basílica do Nosso Senhor do Bonfim.
Próxima edição – A próxima edição do Live Tour Salvador, realizado pela Prefeitura em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), vai abordar o trecho entre o Bonfim e o Humaitá, também na Cidade Baixa. A transmissão ocorrerá na terça-feira (6), às 16h, nas redes sociais do Visit Salvador da Bahia (Facebook, Instagram e YouTube). O projeto é desenvolvido com o objetivo de impulsionar o turismo na cidade, fortemente impactado pela pandemia de Covid-19.
Confira a Live Tour Salvador Santa Dulce dos Pobres: