Um aliado do governo da Bahia soltou uma daquelas frases que fazem qualquer um parar e pensar: “Vai cair no colo de Geraldo”.
O cenário político tem suas surpresas e incertezas, mas segundo esse aliado, que optou pelo anonimato em entrevista ao Bahia.ba, o vice-governador Geraldo Júnior deve ser o escolhido para representar a base de Jerônimo Rodrigues. E as chances de outros possíveis candidatos, como Robinson Almeida e Isidório? Parece que não estão tão altas, pelo menos na visão desse informante.
O vice-governador não é novidade na política de Salvador. No entanto, o que chama a atenção é seu compromisso: ele só disputará a prefeitura se for o nome de consenso.
Ainda que existam vozes otimistas em relação à candidatura de Geraldo Júnior, algumas questões jurídicas pairam no ar. Ele pode concorrer e manter-se como vice-governador? A lei eleitoral complementar 64, de 1990, esclarece que sim. Mas, e se ele precisar assumir o lugar de Jerônimo Rodrigues? Bem, essa é uma dança delicada.
Uma consulta feita pelo MDB ao TSE trouxe mais clareza a esse enigma. Citando uma decisão de 1998, a Corte assegurou que a Emenda Constitucional que permitiu a reeleição não afetou a legislação anterior. Traduzindo: o vice-prefeito que não substituir o titular nos seis meses anteriores ao pleito pode concorrer a outros cargos eletivos. Essa decisão, tomada a partir da consulta de José Machado, hoje se estende a todos os vices, sejam eles de presidentes, governadores ou prefeitos.
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