Em entrevista na Câmara Municipal de Salvador, o ex-prefeito ACM Neto fez questão de destacar o legado de sua gestão durante a apresentação no projeto “Lembranças do Futuro de Salvador”, uma iniciativa do vereador Carlos Muniz.
No Plenário Cosme de Farias, Neto, que comandou a cidade entre 2013 e 2020, não escondeu o orgulho de falar sobre os tempos em que esteve à frente da Prefeitura. Ele lembrou que Salvador enfrentava um de seus períodos mais críticos quando assumiu, mas conseguiu, segundo ele, devolver a autoestima à população.
O ex-prefeito apontou a recuperação financeira da cidade, enfatizando que Salvador passou a ter superávit. O ex-alcaide falou também sobre os avanços na educação e a construção do Hospital Municipal, o primeiro da cidade. Neto deixou claro que não se arrepende de suas ações, enfatizando que fez quase tudo que era possível.
Mas a conversa tomou um rumo ainda mais interessante quando Neto entrou no tema da política nacional. Ele não poupou críticas às divergências entre o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ambos do PT, em relação à meta déficit zero das contas públicas. Neto comparou a situação atual com a época da ex-presidente Dilma Rousseff, questionando a coerência e a seriedade na definição de metas fiscais pelo governo.
O ex-prefeito de Salvador expressou preocupação com o que chamou de “cheque em branco” dado ao Governo Federal, temendo impactos negativos no futuro econômico do Brasil. Ele terminou sua fala com a esperança de que as palavras de Haddad prevaleçam, ressaltando a importância da credibilidade do governo junto ao Congresso Nacional e ao mercado.
Enquanto isso, o governo discute uma revisão da meta déficit zero, com Lula admitindo que tal promessa pode ser difícil de cumprir no próximo ano. Haddad, por sua vez, tem sido evasivo sobre a definição da meta fiscal do governo.
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