A situação do Ministério da Justiça tem se mostrado cada vez mais complexa com as recentes revelações envolvendo a ONG Instituto Liberdade do Amazonas (ILA). Esta entidade recebeu financiamento do Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil. O que chama a atenção neste caso é o andamento dado aos pedidos da ILA pelo próprio Ministério, sob a gestão de Flávio Dino.
Inicialmente, havia uma certa tranquilidade por parte do Ministério da Justiça, que afirmava não ter dado continuidade ao tema após as reuniões iniciais. Contudo, a situação mudou drasticamente quando foi confirmado que a Senappen, uma secretaria ligada ao Ministério, efetivamente deu andamento aos pleitos da ILA. Isso incluiu consultas à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para responder a questionamentos da entidade.

O processo, que começou no dia 2 de maio deste ano, parece ter sido iniciado logo após uma reunião entre Luciane Barbosa Farias, presidente da ILA, e autoridades do Ministério da Justiça. O envolvimento de Luciane, esposa de um conhecido líder do Comando Vermelho, e as conexões financeiras da ONG com a facção criminosa, levantam sérias questões sobre os procedimentos adotados pelo Ministério da Justiça.
Apesar do Ministério afirmar que os pedidos seguiram os trâmites habituais, o caso evidencia uma preocupante relação entre uma entidade financiada por uma facção criminosa e um órgão governamental. As reivindicações feitas pela ILA incluíam questões relacionadas a body scans em gestantes e inspeções em presídios de Manaus. A resposta do Ministério foi um indeferimento com base em um parecer técnico, mas a própria tramitação desses pedidos levanta questões sobre a eficácia dos filtros e análises de segurança em processos governamentais.
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