A comunidade de Simões Filho e todos aqueles que acompanham o caso da trágica morte de Mãe Bernadete receberam informações cruciais nesta quinta-feira (16). Em uma coletiva de imprensa no Ministério Público da Bahia, a delegada-geral Heloísa Brito compartilhou os resultados do inquérito policial que investigava o homicídio ocorrido no Quilombo Pitanga dos Palmares.
O desfecho desse caso vem repleto de detalhes e nomes que jogam luz sobre uma complexa rede de crime e violência. Segundo a delegada Heloísa Brito, cinco pessoas foram indiciadas por envolvimento direto no homicídio de Mãe Bernadete, uma figura emblemática na luta contra o tráfico de drogas na região. Além disso, um sexto indivíduo foi acusado por porte ilegal de armas.

Entre os indiciados está um jovem de 24 anos, já preso, que recebeu ordens claras para executar Mãe Bernadete. Esta ação demonstra o poder e a influência do tráfico de drogas na área, onde até as decisões mais drásticas são tomadas sem hesitação.
O promotor Luiz Neto, do Gaeco, também contribuiu com detalhes impressionantes. Ele descreveu como Mãe Bernadete enfrentou seus assassinos com a mesma bravura de Joana Angélica, figura histórica da independência da Bahia. A coragem da vítima em se recusar a obedecer aos criminosos resultou em um ato de violência indescritível: 24 disparos, após o primeiro tiro no tórax.

Os nomes dos executores e mandantes do crime foram revelados, adicionando mais peças a esse quebra-cabeça sombrio. Marílio, apontado como um dos mandantes, e Josevan, um dos executores ainda foragido, são personagens centrais nessa trágica história.
Essa coletiva não apenas forneceu respostas, mas também ressaltou o perigo constante que líderes comunitários como Mãe Bernadete enfrentam ao se opor ao tráfico. Sua luta e seu legado, entretanto, permanecem vivos na memória daqueles que continuam a batalha por justiça e segurança em suas comunidades.
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