
A Mastercard está se movimentando para propor ajustes na forma como o parcelado sem juros funciona no Brasil, uma prática bastante arraigada nos hábitos de consumo dos brasileiros. Marcelo Tangioni, o presidente da Mastercard no país, compartilhou que a ideia é conversar com todos os envolvidos no processo – desde os bancos até as empresas de maquininhas – para encontrar um meio-termo que satisfaça a todos. A proposta que surgir dessa consulta será levada ao Banco Central.
Esse movimento surge em um momento onde o setor financeiro está reavaliando suas práticas, especialmente após as turbulências trazidas pela pandemia e as discussões acaloradas sobre os juros do crédito rotativo.
Além de mexer no parcelado sem juros, a Mastercard não está de olho apenas nos cartões de crédito. Tangioni vê o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, como uma oportunidade de expandir os negócios da empresa. Inspirando-se no sucesso de iniciativas similares no Reino Unido, onde a Mastercard já apoia o sistema local, a empresa quer trazer inovações para o mercado brasileiro. Esse olhar para o futuro mostra uma Mastercard disposta a se adaptar e crescer, mesmo em meio a debates sobre regulamentações e práticas do setor.