
Em sua coluna no site Metrópoles, o jornalista Ricardo Noblat resumiu como será o destino do ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Segundo Noblat, na terra do axé e do acarajé, não é só a cultura que fala alto. A política também ressoa, especialmente quando envolve grandes somas de dinheiro e acusações de fraude.
A história da compra de 300 respiradores pelo governo da Bahia, sob a gestão de Rui Costa, por R$ 48 milhões, ganha contornos de novela política. A compra, feita sem licitação, levantou sobrancelhas não apenas nas ruas de Salvador, mas também nos corredores da CPI da Covid, embora a comissão estivesse mais focada em assuntos que afetassem ao então presidente Jair Messias Bolsonaro.
Na época, afirma Noblat, o murmúrio popular já questionava a idoneidade do negócio, mas foram as declarações de Cristiana Taddeo, a empresária envolvida, que trouxeram o caso à tona. Ela afirmou à Polícia Federal ter pago R$ 11 milhões em comissões a intermediários próximos ao então governador e sua esposa, Aline Peixoto.
Agora, com a investigação da Polícia Federal caminhando para o final, o ministro Rui Costa, promovido à Casa Civil, enfrenta um dilema moral e político. Lula, por sua vez, se depara com uma escolha estratégica: manter Costa em seu governo, arriscando a “reputação” de sua administração, ou aguardar o julgamento, potencialmente prolongado, da Justiça.