
Aos 60 anos, Julio Cruz enfrenta diariamente o desafio de coletar materiais recicláveis pelas ruas de Salvador para garantir o almoço do dia seguinte. A história de Julio é um reflexo da insegurança alimentar que atinge quase metade da população da Bahia, segundo dados recentes do IBGE. Essa realidade não é apenas uma questão de fome, mas também de acesso regular e suficiente aos alimentos.
Nos últimos cinco anos, houve uma redução de 13,9% no número de pessoas nesta condição no estado, mas a Bahia ainda ocupa o segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo.
Com o aumento dos programas de transferência de renda e a retomada econômica, esperava-se uma melhora nesse cenário. Em 2023, o Bolsa Família alcançou quase 2,5 milhões de famílias baianas, com um orçamento que ajuda principalmente na compra de alimentos. No entanto, especialistas apontam que ainda há muito a ser feito, especialmente em políticas que reduzam o preço dos alimentos e incentivem a agricultura familiar, para que mais pessoas tenham acesso ao trabalho e a uma alimentação adequada.
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(Com informações do Correio)