
O diretor artístico da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, Thomas Jolly, negou ter feito referências à “Última Ceia”, famoso quadro de Leonardo Da Vinci, no espetáculo. Em entrevista ao canal francês BFMTV, Jolly afirmou que sua intenção era criar uma cerimônia que reparasse, reconciliasse e reafirmasse os valores da República Francesa, como liberdade, igualdade e fraternidade.
Ele explicou que a ideia era realizar um grande festival pagão conectado com os deuses do Olimpo, em linha com o espírito olímpico.
Na seção chamada de “festividade” da abertura, pessoas com roupas extravagantes, incluindo drag queens, surgiram diante de uma longa passarela/pista de danças, numa imagem que supostamente evocava a “Última Ceia”. A Conferência Episcopal Francesa (CEF) criticou a apresentação, considerando-a uma “zombaria do cristianismo”. A direita francesa também criticou e chamou a referência ao quadro do pintor italiano como uma blasfêmia pela presença de drag queens.
Apesar das críticas, o diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, negou que tenha feito referência à obra.
“Nunca encontrará da minha parte nenhum desejo de zombar, de diminuir nada. Quis fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Também que reafirmasse os valores de nossa República”.
A porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, comentou em coletiva de imprensa que não houve intenção de desrespeitar ninguém.
“Claramente, nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a qualquer grupo religioso. [A cerimônia de abertura] tentou celebrar a tolerância da comunidade”.