Polícia Federal mira Alex Parente, Fábio Rezende Parente e “Rei do Lixo” José Marcos Moura por desvio de R$ 1,4 bilhões dentro da DNOCS Bahia

Montagem: Polícia Federal / Facebook

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Overclean, uma ação de grande escala para desmantelar uma organização criminosa que atuava em fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro. A operação cumpre 17 mandados de prisão preventiva, 43 de busca e apreensão e o sequestro de R$ 162 milhões em bens, entre aeronaves, imóveis de luxo, barcos e carros.

Os alvos estão distribuídos pela Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Na Bahia, as diligências ocorrem em Salvador, Lauro de Freitas, Jequié, Itapetinga, Campo Formoso, Mata de São João e Wagner.

A investigação aponta que a organização criminosa desviou recursos públicos por meio de superfaturamento em contratos com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e outros órgãos. Entre os líderes do esquema estão os irmãos Alex e Fábio Rezende Parente, o empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, e Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador estadual do DNOCS na Bahia.

Segundo a PF, o grupo movimentou R$ 1,4 bilhão durante o período investigado, com R$ 825 milhões em contratos só em 2024. O esquema incluía empresas de fachada e operadores regionais que cooptavam servidores públicos para garantir direcionamento e execução fraudulenta de contratos. Parte dos valores desviados era lavada por meio de transferências disfarçadas, movimentações financeiras incompatíveis e empresas que manipulavam grandes quantias em espécie.

Interceptações telefônicas revelaram que os líderes tentaram apagar rastros do esquema usando máquinas trituradoras para destruir documentos comprometedores.

“As conversas mostram uma operação coordenada para eliminar provas, com ordens diretas de Alex Parente para destruir carimbos, cotações e propostas relacionadas às fraudes”.

A investigação, que conta com apoio do Ministério Público Federal, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e cooperação internacional da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (HSI), revelou também o uso de métodos sofisticados de lavagem de dinheiro. Empresas controladas por “laranjas” e transações não declaradas eram usadas para dificultar a identificação das origens ilícitas dos recursos.

Os envolvidos enfrentam acusações de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 50 anos.




Até agora, 15 pessoas foram presas, incluindo os principais nomes do esquema.

A operação segue em andamento, com mais diligências e o cumprimento de mandados em diversos locais.




Sobre Mathias Jaimes

Mathias Ariel Jaimes ( DRT 5674 Ba ) , é CEO do site #TVServidor e sócio-proprietário da agência de comunicação interativa #TVS1 . Formado em publicidade na Argentina. Estudou artes plásticas na Universidade Federal da Bahia. MBA em marketing e comunicação estratégica na Uninassau. Aluno do professor Olavo de Carvalho, Curso Online de Filosofia, desde 2015.

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