
O Brasil virou o palco de uma comédia. Agora, a Polícia Federal investiga memes e a Advocacia Geral da União (AGU) alega que um perfil de humor foi responsável por mexer na cotação do dólar. Parece piada pronta, mas é realidade.
Será que alguém realmente acredita que investidores de peso como Warren Buffett ou Elon Musk tomam decisões financeiras baseadas em memes?
O caso chegou a um nível tão absurdo que o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, precisou desmentir essa narrativa. E não é para menos. Se o mercado acreditasse que o governo ou o Banco Central dão crédito a essa teoria maluca, o dólar já teria disparado para números inimagináveis. Em vez de R$ 5 ou R$ 6, estaríamos lidando com uma moeda que valeria mais de R$ 100. Isso é o que acontece quando o surrealismo entra no lugar do mundo real.
A imprensa, que deveria trazer equilíbrio, embarcou nessa história como se fosse algo plausível. Foi um verdadeiro suicídio jornalístico. Esses veículos não apenas perdem credibilidade ao propagar uma narrativa tão desconectada da realidade, mas também subestimam a inteligência do público.
A ideia de que memes têm o poder de movimentar bilhões no mercado financeiro é simplesmente vergonhosa.
O mais irônico é que, ao tentar proteger o governo ou justificar a alta do dólar, a narrativa do meme acabou virando motivo de piada. Políticos sempre inventaram desculpas criativas, mas essa ultrapassou qualquer limite. O resultado foi exatamente o contrário do esperado: ao invés de abafar a polêmica, criaram mais uma história que será lembrada pelo ridículo.
Enquanto isso, os humoristas brasileiros enfrentam uma concorrência desleal. Como criar piadas em um país onde o governo e a imprensa já fazem isso com tanto afinco?
O Brasil do PT, cada vez mais, transforma o absurdo em cotidiano e desafia até a ficção.