
Enquanto o presidente Lula e a primeira-dama Janja usaram a cachorrinha Esperança para transmitir uma mensagem de otimismo de Natal, a realidade econômica brasileira segue distante desse cenário cor-de-rosa. O dólar alcançou uma alta histórica, cotado a R$ 6,20, enquanto o governo enfrenta fuga de capitais na bolsa e o agravamento da inflação, que corrói o poder de compra da população. Ainda assim, o PT insiste em criar narrativas que eximem o governo de responsabilidade, como na postagem que alegava: “O mercado financeiro fica nervoso porque Lula cuida do povo”. A frase foi desmentida por Gabriel Galípolo, indicado pelo próprio presidente ao Banco Central.
Outro exemplo da desconexão entre discurso e prática foi a publicação do meme “Lula da sorte”, atribuindo ao presidente a melhoria econômica do Brasil. A postagem foi corrigida pela comunidade do X, destacando o quadro fiscal preocupante e a ausência de medidas concretas para controlar os juros e o avanço do dólar.
A promessa de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, anunciada sem planejamento, foi apontada como um dos gatilhos para a disparada da moeda americana.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também foi alvo de comparações com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Enquanto o PT tenta pintar Campos Neto como vilão, é importante lembrar que as intervenções cambiais para conter o dólar nos últimos dias são fruto de ações conjuntas entre diretores do BC, muitos indicados pelo próprio Lula. A promessa de Haddad de realizar a isenção de imposto só em 2026 gerou frustração no mercado, contribuindo para a instabilidade.
Apesar das mensagens de Natal em tom esperançoso, os números falam mais alto. O cenário econômico atual é reflexo direto das políticas e decisões do governo, cujos efeitos têm pesado no bolso do brasileiro.