Sidônio Palmeira, novo chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Lula, tem o nome ligado a uma controvérsia envolvendo sua empresa de publicidade, a Leiaute Comunicação. Em 2023, a agência firmou um acordo com o Ministério Público da Bahia para encerrar um processo de fraude na execução de contratos de publicidade com o governo estadual. A ação, iniciada em 2022, acusava a empresa de direcionar contratações, usar empresas sem capacidade técnica e apresentar documentos falsos.
Para encerrar o caso, a Leiaute aceitou pagar uma multa de R$ 306 mil e adotar políticas de compliance, sem admitir culpa.
Entre 2020 e 2024, a Leiaute recebeu pelo menos R$ 301 milhões do governo baiano, destinados principalmente à veiculação de publicidade institucional.
Sidônio, que atuou como marqueteiro na campanha presidencial de Lula em 2022, afirmou que as acusações não tinham fundamento e que as irregularidades apontadas estavam relacionadas a uma produtora subcontratada, cujos serviços foram suspensos assim que surgiram suspeitas.
A homologação do acordo pelo MP-BA na 8ª Vara da Fazenda Pública de Salvador encerrou as acusações contra a empresa. No entanto, a proximidade de Sidônio com o governo petista e os contratos milionários continuam a levantar questionamentos sobre transparência e ética na gestão pública, especialmente em um momento em que ele assume um cargo estratégico no governo federal.
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(Com informações de O Antagonista)