
O Itamaraty divulgou uma nota neste sábado, 11, expressando “grande preocupação” com as denúncias de violações de direitos humanos na Venezuela. No entanto, a mensagem do governo brasileiro soa contraditória, já que foi emitida um dia após a embaixadora do Brasil em Caracas participar da posse de Nicolás Maduro, em mais um capítulo da ditadura chavista.
Ao chamar Maduro de “governo” e tratar a farsa eleitoral de 2024 como “processo eleitoral”, o Brasil reforça a postura leniente que tem mantido diante do regime autoritário.
A nota também exorta “as forças políticas venezuelanas ao diálogo”, ignorando que a oposição vive sob constante perseguição, com líderes exilados ou presos.
Desde 2023, quando recebeu Maduro com pompa em Brasília e classificou as denúncias de autoritarismo como “narrativa”, o governo Lula tem priorizado uma postura de mediador, que pouco tem contribuído para mudanças reais.