
Durante a tradicional Lavagem do Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) aproveitou o evento religioso para abordar dois temas cruciais: segurança pública e sua possível reeleição em 2026. Cercado por um aparato de 150 policiais, o governador destacou a operação em Jequié como exemplo de sua gestão no combate à violência.
“Já estamos há quase uma semana sem nenhuma situação de anormalidade. A luta contra o crime organizado é muito intensa, e nós vamos vencer, tenho certeza”.
Apesar do otimismo, a Bahia segue sendo o estado mais violento do Brasil, e as ações prometidas pelo governador, como concursos e novos equipamentos, têm pouco impacto prático no dia a dia dos baianos. A presença de Jerônimo no Bonfim foi marcada por discursos alinhados à “busca pela paz”, mas a realidade das ruas, repleta de insegurança, parece distante de suas declarações.
Jerônimo também não deixou de comentar sobre sua candidatura em 2026, afirmando que sua reeleição seria “natural”. Durante o percurso, o governador mencionou pedidos ao Senhor do Bonfim para “continuar governando” e agradeceu por saúde e empregos, apesar dos desafios enfrentados em sua gestão.
Para muitos, no entanto, o que se vê é um governador que nunca desceu do palanque desde que assumiu o cargo no segundo turno com uma margem apertada de votos.
Enquanto isso, a caminhada no Bonfim serviu mais como palco político do que como espaço de reflexão. Com foco em garantir apoio para sua permanência no cargo, Jerônimo reforçou sua aliança com o governo federal e a busca por recursos, mas a questão principal segue sem solução: como garantir segurança em um estado que lidera as estatísticas de violência no país?