
O presidente da Argentina, Javier Milei, criticou a ausência de Jair Bolsonaro na cerimônia de posse de Donald Trump, marcada para esta segunda-feira, 20, em Washington. Durante o baile de gala pré-posse, Milei afirmou que lamenta que o “regime Lula” tenha impedido Bolsonaro de participar do evento, reforçando sua posição de apoio ao ex-presidente brasileiro. Contudo, a decisão que barrou Bolsonaro não teve relação com o governo Lula, mas sim com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que negou os pedidos da defesa de Bolsonaro para reaver seu passaporte.
Bolsonaro, visivelmente abalado, lamentou a situação e disse se sentir “perseguido”. Ele revelou esperar que Trump possa ajudar a reverter sua inelegibilidade no Brasil, alegando que “a presença” do líder norte-americano pode pressionar contra decisões que ele considera injustas.
Bolsonaro comparou sua situação à de Trump, mencionando que ambos são alvos do que classificou como lawfare, uma perseguição jurídica com motivação política.
Representado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo deputado Eduardo Bolsonaro, o ex-presidente segue buscando aliados internacionais para reforçar sua narrativa de perseguição. Milei, por sua vez, deixou clara sua solidariedade, reafirmando os laços com Bolsonaro e criticando o ambiente político que, segundo ele, dificulta a atuação de líderes conservadores na América Latina.