
Mostrando seu lado autoritário típico do PT, o governador Jerônimo Rodrigues deixou claro que não há espaço para aliados que questionem sua liderança. A última vítima dessa “tratorada” petista é o senador Ângelo Coronel (PSD), agora tratado como inimigo do governo.
Enquanto o PT consolida sua estratégia de domínio absoluto, parlamentares do PSD observam com preocupação a movimentação para excluir o partido de cargos estratégicos, incluindo a chapa majoritária para 2026. O plano é claro: abrir espaço para uma composição petista puro sangue, colocando figuras como o ex-governador Rui Costa na linha de frente.
A relação entre PT e PSD, que já foi de aliança, está claramente desgastada. Lideranças pessedistas admitem reservadamente que manter espaços como a presidência da Assembleia Legislativa e a União dos Municípios (UPB será difícil. Na UPB, por exemplo, o cenário já está definido a favor de Wilson Cardoso (PSB), aliado do senador Jaques Wagner. Na Assembleia, o governo tem atuado para bloquear a candidatura de Ângelo Filho (PSD) à 1ª vice-presidência, dando sinais claros de que a prioridade é fortalecer o controle do PT na Casa.
Para o senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, o cenário é desafiador. Embora ele tenha afirmado que “não sairemos da aliança”, o discurso é visto por muitos como um reconhecimento de que o partido perdeu força na base governista. A exclusão do PSD das articulações para a chapa majoritária em 2026 evidencia o projeto petista de isolar aliados e centralizar o poder, ignorando completamente qualquer noção de parceria política.
O recado do PT é direto: ou você se submete ou está fora. O autoritarismo que marca as gestões petistas agora se volta contra antigos aliados, que se veem cada vez mais pressionados e sem espaço.
Que isso sirva de lição para quem ainda acredita nas promessas de parceria do PT, “partidão” que só mira o poder absoluto, custe o que custar.