
O senador Ângelo Coronel não se curva ao PT e já deixou claro que disputará a reeleição ao Senado em 2026, com ou sem o apoio do governo. Diante das pressões de Jerônimo Rodrigues e Rui Costa, Coronel mostrou firmeza e até ironizou a situação, afirmando que não precisa estar na chapa governista para concorrer. O movimento político em torno dele ficou evidente nesta quinta-feira (30), quando sua residência em Salvador recebeu uma série de prefeitos e mais de 20 deputados estaduais, tanto da base quanto da oposição.
O senador também expôs a fragilidade do PT na disputa interna pela vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia. Com o recuo forçado dos deputados Rosemberg Pinto (PT) e Angelo Coronel Filho (PSD), ficou evidente que o PSD saiu fortalecido e que a base de Jerônimo saiu desgastada.
O próprio Coronel deixou claro que já tinha um acerto com Ivana Bastos (PSD) para ocupar o cargo e que coube a ela se viabilizar politicamente. No fim, o PT teve que aceitar a derrota.
O cenário para 2026 se desenha cada vez mais complicado para Jerônimo e para o ex-presidiário Lula. O PSD, partido com o maior número de prefeitos no estado e que comanda a Assembleia, pode ser o fator decisivo na eleição. Como apontou um deputado presente na reunião, “se o PSD estiver com Coronel para 2026, ele chega muito forte para disputar a reeleição”.
Enquanto o PT tenta segurar sua base, Coronel ganha força e não descarta se aliar à oposição.
Com o governo baiano fragilizado e Rui Costa desacreditado em Brasília, Ângelo Coronel surge como uma peça-chave no xadrez político. Se Lula e Jerônimo precisam do PSD para manter apoio no estado, Coronel já deixou claro que não será massa de manobra do petismo.
O jogo político está só começando, e o senador mostra que está pronto para enfrentar qualquer disputa.