
A popularidade de Lula está desmoronando, e nem mesmo o Nordeste, seu reduto eleitoral histórico, tem sido capaz de sustentar sua imagem. Segundo pesquisa Datafolha, a avaliação positiva do petista na região caiu de 49% para 33% em apenas dois meses, a maior queda em todo o país.
O desgaste vem sendo impulsionado por crises sucessivas, como a polêmica da taxação do Pix e a alta no preço dos alimentos, que atingem diretamente os mais pobres – exatamente o público que sempre foi a base eleitoral do ex-presidente.
Esse declínio já preocupa aliados, que veem o impacto direto no xadrez político de 2026. Se antes Lula era um cabo eleitoral incontestável para governadores e candidatos a prefeito, agora a dúvida é se ele ainda terá força para transferir votos como fez no passado. Oito dos nove governadores nordestinos foram eleitos com o apoio do petista em 2022, mas com a desaprovação crescendo, essa vantagem pode desaparecer.
No meio político, a desculpa é que essa queda de popularidade é “passageira”. Mas, nos bastidores, o alerta está ligado. O governo enfrenta críticas não só da oposição, mas também de aliados insatisfeitos com a falta de respostas para problemas econômicos que atingem em cheio a população mais pobre. A realidade é que a memória dos governos anteriores de Lula não está sendo suficiente para segurar sua aprovação.
Com o Nordeste deixando de ser um porto seguro para o petista, o cenário de 2026 pode ser bem diferente do que o PT esperava.
A confiança cega no lulismo já não sustenta candidaturas, e a insatisfação popular pode cobrar um preço alto nas urnas.