Eliete Paraguassu quer inclusão de comunidades na Secretaria do Mar

Antônio Queiroz CMS

A vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) defendeu a inclusão das comunidades tradicionais de Salvador, entre pescadores artesanais e quilombolas, na nova pasta municipal, a Secretaria do Mar, oficializada pelo prefeito Bruno Reis na manhã de segunda-feira (10). Na mesma solenidade, a ex-vereadora Andréa Mendonça foi empossada como titular da pasta.




Segundo a vereadora, apesar de ser uma iniciativa importante para a cidade, a nova pasta municipal precisa estar alinhada com as necessidades das comunidades de pescadores artesanais e quilombolas, que produzem a partir das riquezas que o mar oferece: “Essa pasta não pode vir focada apenas no turismo náutico. A cultura e a produção de mais de 46 mil pescadores precisam ser respeitadas”.

Eliete ressaltou ainda a necessidade de respeitar a cultura local, o modo de vida e a produção das populações: “São mais de 46 mil pescadores em Salvador. Não sou contra a secretaria, mas que ela respeite as populações, realizando escutas e consultas públicas para entender essa geografia da Baía de Todos os Santos, respeitando as áreas de manguezais, de corais”.

Conforme divulgado pela Prefeitura, a Secretaria do Mar terá como atribuição planejar e executar ações de desenvolvimento do potencial náutico da capital baiana, com o objetivo de atrair mais investimentos para o setor e fomentar a economia do mar.

De acordo com Eliete Paraguassu, que é pescadora, marisqueira e a primeira quilombola a ocupar uma cadeira na Câmara, as comunidades tradicionais, como pescadores e quilombolas, são protegidas pela Convenção 169 da OIT. Por isso, têm o direito da Consulta Livre, Prévia e Informada, o que lhes garante o direito de serem consultadas sobre cada decisão administrativa ou legislativa que afete direitos coletivos.

“A nova secretaria, assim como a Câmara Municipal, precisa debater os conflitos internos e externos sobre o turismo náutico na Baía de Todos os Santos, que impactam na produção dos pescadores e pescadoras artesanais, a exemplo da contaminação por metais pesados. É preciso ouvir essa população, que é importante nessa cidade, pois um projeto que não é construído em diálogo com sua população está fadado ao fracasso na elaboração de políticas públicas”, enfatizou a vereadora.




Sobre Clara

Estudante de Letras, Clara Paixão auxiliou diversos autores conservadores em Recife e Carpina (PE). Amante da Liberdade, Clara entende que são preceitos básicos: direito irrestrito ao projeto de vida do próximo, direito à propriedade privada e livre mercado.

Leia também!

Ações educativas do Maio Amarelo visam um trânsito mais seguro em Lauro de Freitas

Os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de mortes evitáveis no mundo. Diante …