
Enquanto a Bahia amarga a gestão mais desastrosa de sua história com Jerônimo Rodrigues, o governador petista continua cercado por velhos rostos do submundo da política. Geddel Vieira Lima, o ex-presidiário flagrado com malas e caixas abarrotadas de dinheiro em um apartamento em Salvador, é seu principal conselheiro.
Desde a vitória de Jerônimo em 2022, Geddel tem trânsito livre no CAB, participando de reuniões e decisões como se fosse autoridade. Agora, o emedebista e seu irmão Lúcio voltam ao centro das atenções com a reabertura de investigações no STF, incluindo casos de rachadinha e lavagem de dinheiro.
O STF decidiu mudar o entendimento sobre foro privilegiado e retomou processos de políticos que, mesmo fora do cargo, continuam sendo investigados por crimes ligados às suas antigas funções.
Essa parceria entre petistas e os Vieira Lima não é novidade. Geddel já foi coordenador informal da campanha de Jerônimo ao governo em 2022, e sua atuação nos bastidores é conhecida dentro e fora do Palácio de Ondina. A blindagem da esquerda baiana a figuras como Geddel e Lúcio Vieira Lima mostra que o discurso de “nova política” do PT nunca passou de propaganda barata.
Não se trata apenas de escândalos antigos ressurgindo, mas da perpetuação de um modelo que mistura poder, silêncio e impunidade. A petezada baiana, que sempre apontou o dedo contra seus adversários, agora se apoia nos velhos esquemas para manter o controle.
A Bahia segue refém desse conchavo entre o PT e os donos do MDB local, com Geddel como símbolo de um sistema que insiste em não mudar.