
O núcleo do governo Lula entrou em combustão após o vazamento de uma conversa considerada “muito confidencial” entre o presidente, a primeira-dama Janja e o líder chinês Xi Jinping. A crise expôs mais uma vez as brigas internas do PT e colocou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, como principal suspeito de entregar a informação à imprensa.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha, fontes do Planalto apontam que Rui já vinha travando disputas de bastidor com Janja especialmente sobre os gastos e o papel dela dentro do governo.
O estopim foi o discurso improvisado de Janja durante o jantar oficial com Xi, quando resolveu falar sobre o TikTok. A primeira-dama criticou a plataforma chinesa e acusou o algoritmo de favorecer a direita no Brasil. O episódio gerou incômodo até na primeira-dama da China, Peng Liyuan, e foi visto como quebra de protocolo por diplomatas experientes.
A China é extremamente rigorosa com a formalidade e não aceita intervenções fora do script, ainda mais sobre temas sensíveis como o controle digital.
Lula, visivelmente irritado com o vazamento, reclamou em público: “Alguém teve a pachorra de contar uma conversa que aconteceu num jantar e que era muito confidencial e pessoal”, disparou. Tentando blindar Janja, o petista afirmou que foi ele quem pediu a Xi Jinping ajuda para “regular o TikTok” no Brasil. Mas nos bastidores, a versão de que Janja agiu por conta própria ganhou força e aumentou o desgaste dela com setores do governo
A crise chegou ao Congresso: a oposição pediu explicações do chanceler Mauro Vieira e voltou a criticar os acordos comerciais firmados com os chineses.
Jair Bolsonaro classificou o episódio como “vergonha internacional”, e Nikolas Ferreira ironizou a primeira-dama nas redes sociais: “Nem o Xi Jinping quis render a narrativa do algoritmo da Janja.” A pressão sobre Rui Costa também aumentou, reforçando sua fama de traíra no próprio partido. A disputa entre ele e Janja escancara a guerra interna do PT e mostra o quanto o Brasil está à deriva.
Com um histórico de mais de US$ 94 bilhões em exportações brasileiras para a China só em 2024, o episódio é mais uma amostra do amadorismo petista em temas estratégicos. O governo prefere lacração a diplomacia.
Enquanto o Brasil afunda em crises e censura nas redes, a esquerda se perde em vaidades, ego e desorganização.