
Em entrevista à Band Bahia, ACM Neto reafirmou seu compromisso com a reconstrução da Bahia após duas décadas de destruição petista. Com críticas certeiras ao governo de Jerônimo Rodrigues, que ele classificou como “o pior da história do estado”, Neto voltou a sinalizar que está pronto para liderar um novo ciclo, mas sem se precipitar.
“Não me pauto por pressão. Tudo na vida tem o seu tempo”.
Para o ex-prefeito de Salvador, a prioridade do povo não é a eleição, mas o caos instalado no dia a dia: da violência nas ruas à alta do preço do gás e da carne. “A preocupação é ir no supermercado e ver o preço do ovo, do café, da carne (…) é ter um problema de saúde e não conseguir ser atendido”, disse.
A Bahia, governada há quase 20 anos pelo PT, é hoje o estado mais violento do Brasil, com mais de mil homicídios dolosos registrados apenas no primeiro trimestre de 2025. Neto apontou essa estatística como reflexo da omissão de Jerônimo diante do domínio do tráfico e das facções. “É não conseguir visitar um parente porque o tráfico delimitou o território. As pessoas estão cercadas pelo medo”, disparou. Ele também não poupou críticas ao descontrole econômico promovido pelo desgoverno do ex-presidiário Lula, responsável, segundo ele, por “aprofundar a crise que já sufoca os baianos”.
Mesmo sem oficializar a candidatura, ACM Neto deixou claro que está se preparando para o enfrentamento em 2026. “Esse sonho continua tão grande quanto era antes. Só que agora eu me sinto ainda mais chamado”, afirmou.
Nos últimos meses, Neto intensificou uma agenda de visitas ao interior, passando por cidades como Santo Antônio e Ourolândia, com compromissos marcados até julho.
“Vamos continuar essa agenda ao longo de todo o ano de 2025. O objetivo é ouvir o povo, entender suas dores e mostrar que a oposição está viva e vai encarar a disputa com coragem”.
ACM Neto também refletiu sobre a campanha de 2022 e admitiu erros estratégicos, como o atraso na definição da chapa. Agora, quer agir com mais organização: “A gente tem que fechar a chapa até março, com o candidato a governador, a vice e os dois candidatos ao Senado. Isso faz diferença”.