
A morte de Luís Eduardo da Silva, assassinado enquanto esperava ônibus na passarela da Estação do Metrô Detran, escancarou a tragédia silenciosa que os baianos enfrentam todos os dias na Avenida ACM. Relatos de esfaqueamentos, assaltos em série, pontos de ônibus às escuras e presença constante de usuários de drogas transformaram uma das avenidas mais movimentadas de Salvador em zona de guerra urbana.
A região que liga Brotas, Pituba, Itaigara e Caminho das Árvores, teoricamente nobre, virou palco de medo. E a segurança pública? Entregue ao abandono de um governo perdido.
Com a delegacia da região fechada há quase três anos, comerciantes, trabalhadores e moradores relatam sequestros, furtos e arrastões em plena luz do dia, ou no meio do engarrafamento. Mesmo com operações pontuais da PM, a sensação de insegurança reina. A população se esconde atrás de postes, foge de determinados pontos e caminha quilômetros só para não esperar ônibus em locais escuros.
A resposta do governo petista? Iluminação de fachada e promessas de integração no transporte, enquanto a violência devora a capital.
Não é novidade. Sob Jerônimo Rodrigues, o estado afundou ainda mais em estatísticas assustadoras: a Bahia segue liderando o ranking de mortes violentas há seis anos, segundo o Fórum de Segurança Pública. Salvador, mesmo com BRT e metrô, não tem paz nem nos pontos de ônibus.
O problema é político, estrutural e ideológico. O projeto da esquerda foi claro: manter o povo refém da bandidagem enquanto sustentam um teatro de gestão. Só muda quando o baiano decidir mudar.