Os mercados municipais de Itapuã e Periperi representam um marco na melhoria das condições de trabalho de permissionários, e isso se reflete também no bem estar de clientes e visitantes. Esses são apenas dois dos equipamentos que integram o plano de ordenamento do comércio informal em toda a cidade, que conta também com mercados em Cajazeiras e Liberdade – já em funcionamento –, Dois de Julho e das Flores – em fase final de obras –, além do Popular, em Água Brusca, que está em estágio final de reforma, e das futuras unidades de São Cristóvão e São Miguel – o primeiro com projeto já pronto e o segundo ainda em processo.
Vendedora há 25 anos, a permissionária Marlene Bezerra lembra das antigas instalações do Mercado de Itapuã. “Antes era um terror! Logo no início, quando eu entrei, faziam um conserto aqui e outro ali, e chegou o momento da gente ir embora. Ninguém conseguia ficar porque estávamos correndo risco de vida. Depois fiquei trabalhando de favor ao lado do meu sobrinho durante dois anos. Agora as instalações estão ótimas, ela tem tudo para a pessoa crescer e melhorar. Virou um cartão postal, não resta dúvida”, explica.
Um dos grandes entusiastas é o permissionário Luciano Jorge, conhecido como “Mamão do Peixe”. Segundo ele, antes da requalificação, as condições de trabalho eram péssimas, e isso dificultava as vendas. “Antes de ter o mercado era um sofrimento. A gente trabalhava na chuva, na lama, chovia e, daqui a pouco, tinha que levantar, desarmar o sombreiro e guardar a mercadoria. Era uma correria danada. Hoje em dia, graças a Deus, o negócio está muito bom. Melhorou 100% porque lá fora a gente vendia, mas aqui a gente está vendendo mais ainda”.
Quem também deixou para trás o comércio de rua foi o permissionário Maurício dos Santos. Ele, assim como os demais vendedores, ficavam à mercê das condições do tempo, o que causava grande prejuízo às suas vendas. “Antes a gente vendia, mas não como estamos vendendo hoje. Antes, a gente trabalhava debaixo de sol e chuva, na sujeira e na clandestinidade. Agora não. Agora está tudo organizado e limpo”, conta.
Gostaria que tivesse um destes na Cidade Baixa, tipo Bonfim, Ribeira, Roma…