As movimentações e negociações políticas começam a tomar conta dos deputados estaduais da base aliada e da oposição que pretendem concorrer a presidência da Assembleia Legislativa em fevereiro de 2017.
O primeiro a se articular é o atual presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PSL), que pode se enfraquecer diante da dificuldade de renovar o cargo pela sexta vez consecutiva por falta de apoio em torno do seu nome. Caso fique sem apoio suficiente da base governista, ele já aposta no nome de Adolfo Menezes (PSD) como candidato substituto.
Considerado um dos deputados mais próximos e soldado fiel a Nilo, Menezes tem a seu favor o peso do PSD e PSL, segunda e terceira maiores bases, com nove e oito integrantes, respectivamente. Perdem apenas para o PT, que tem 12. Conta ainda com a empatia de lideranças dos partidos de centro, como PP, PTN e PDT. Nilo tem como objetivo de garantir o consenso em torno de um único nome. No entanto, deputados das mais variadas frentes dão como certo a chapa formada pela possível aliança formada pelos partidos.
Os planos de Marcelo Nilo de permanecer na presidência da Assembleia sofrem um desgaste e um descrédito de parlamentares pelo longo tempo de ocupação no comando da Casa como um monopólio que tem causado insatisfação por parte de alguns de seus pares. Para salvar a pele de Nilo e mantê-lo no poder da presidência da Assembleia subserviente as ordens do governo do estado, o Palácio de Ondina começou a construir uma alternativa ao comandante do legislativo estadual. Em conversas reservadas, líderes da base garantem que, ao contrário de 2015, o deputado Rosemberg Pinto (PT) pretende entrar na disputa, com apoio direto do governador Rui Costa. Por fim, a oposição está também decidida a concorrer pelo cargo, independente do cenário, embora não tenham um nome. No momento, apenas Marcell Moraes (PV) se apresentou como candidato.
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