A Bahia vive um momento doloroso em relação à saúde pública. E a prefeitura de Lauro de Freitas, em vez de se preocupar com a gestão da saúde na cidade para melhorar a situação no setor em benefício da população, pra variar, vai na contra mão do progresso, ao demitir por telefone cinco médicos e demais profissionais de saúde, entre eles, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além dos condutores de ambulância e motociclistas que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no município onde o serviço está parado na cidade. Conforme o que foi apurado, alguns profissionais médicos que prestavam serviços de saúde para o SAMU foram demitidos sem justificativa aparente pela atual administração durante o período eleitoral.
A decisão da prefeitura em demitir os profissionais de saúde do SAMU pode ter impacto na qualidade do atendimento do serviço móvel de saúde na cidade. Com a diminuição do quadro de profissionais de saúde, o atendimento do SAMU à população de Lauro de Freitas fica comprometido. O serviço móvel de urgência e emergência em Lauro de Freitas já é precário devido à grande demanda. Após decisão da Prefeitura de demitir médicos e outros profissionais de saúde por meio de telefone, o atendimento do SAMU fica praticamente insustentável para a população que depende do serviço médico de saúde móvel.
Conforme relato do médico emergencista do SAMU, Dr. Everton dos Santos, demitido há um mês, cerca de cinco médicos e demais profissionais de saúde vinculados ao SAMU foram dispensados via telefone em pleno período eleitoral pela atual gestão sem uma justificativa plausível.
Ainda de acordo com Dr. Everton, houve uma demissão em massa de médicos e emergencistas do SAMU onde o serviço em Lauro de Freitas encontra-se desativado com quatro ambulâncias, entre elas, a UTI Móvel que está parada. “Isso é lastimável para uma cidade com quase 200 mil habitantes, a sétima economia do estado”, lamenta. Além disso, Dr. Everton relata que outros colegas médicos que atuam na urgência e emergência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro de Itinga, foram também demitidos por telefone. “Precisamos unir forças neste momento, pois esses médicos foram demitidos em período ainda protegidos pela legislação brasileira, e esses médicos não têm direito a rescisão contratual e não receberam 13ª como todos os funcionários e servidores públicos de Lauro de Freitas recebem”, denuncia o médico emergencista.
Em solidariedade aos médicos demitidos e os demais trabalhadores da saúde que atuavam no SAMU em Lauro de Freitas, o presidente do Democratas em Salvador, Heraldo Rocha, que é também médico de carreira e um árduo defensor da saúde pública, ao saber do fato, considera um desrespeito a classe médica ao criticar de forma contundente a decisão da atual administração no tratamento aos profissionais e exige que o Sindimed esteja atento as demissões e tome as medidas cabíveis para evitar mais desligamentos em defesa aos demais profissionais de saúde no município.
“A prefeitura de Lauro de Freitas demitiu por telefone cinco médicos e mais profissionais de saúde que atuam no SAMU. O SAMU de Lauro de Freitas está literalmente parado. Os colegas foram demitidos por telefone. É um negócio que a gente fica sem entender. Fiz uma reunião com os colegas e eles confirmaram que foram demitidos por telefone. Isso é um absurdo, isso é um crime, não respeitam a nossa classe. O Sindimed tem que tomar providências enérgicas e urgentes”, reivindica Heraldo.
Quanto às medidas necessárias, Dr. Everton informa que o Sindimed, entidade que defende a classe, se colocou a disposição dos médicos demitidos em Lauro de Freitas em apresentar providências para buscar solução diante do descaso: acionar o Ministério Público através de uma ação civil pública conjunta dos médicos junto ao próprio sindicato, que propôs também aos profissionais levarem o contrato de trabalho independente do vínculo estabelecido para tomar as decisões judiciais cabíveis, uma vez que “é proibido demitir todo e qualquer servidor público três meses antes ou depois das eleições, independente do regime de contrato estabelecido”.
Rafael Santana/Foto: Reprodução
Médicos de Assistencia Vasica também estao sendo demitidos…o descaso é tamto, que o Minesterio da saude vai cortar o mais medicos em Lauro de Freitas.
Bacana.