Os deputados estaduais Luiz Augusto (PP) e Ângelo Coronel (PSD) acertaram um pacto para firmar candidatura única perto da disputa pelo comando da Assembleia Legislativa.
Conforme o acordo estabelecido, quem conseguir a maior quantidade de apoio semanas antes da eleição, marcada para fevereiro, conquista a vaga e o apoio público do outro. Independente do resultado, o objetivo dos dois deputados é evitar que Marcelo Nilo (PSL) alcance a reeleição pela sexta vez presidente da Casa, cargo que ocupa desde 2007, quando o ex-ministro Jaques Wagner (PT) assumiu o governo do estado.
O pacto entre Luiz Augusto e Coronel tem o aval do deputado federal Ronaldo Carletto (PP) e do senador Otto Alencar (PSD), que se opõem abertamente à permanência de Nilo no cargo por mais dois anos. Para isso, contam com a adesão dos 20 parlamentares oposicionistas, que indicaram a tendência de votar em bloco para um nome da base aliada com menor grau de ligação ao governo do Estado.
Essa articulação dos deputados do PSD e do PP dificulta ainda mais a estratégia de Marcelo Nilo para se manter no comando da Assembleia até o fim de 2018. Além de Otto Alencar, Ronaldo Carletto e a oposição, líderes de outros partidos que integram a base governista trabalham nos bastidores para derrotá-lo.
O movimento anti-Nilo inclui também o presidente do PDT da Bahia, deputado federal Félix Mendonça Júnior, adversário do liberal. Em conversas com aliados próximos, o pedetista revela que a bancada da legenda vai aderir ao candidato com fôlego para vencer Nilo. Caso o descontentamento a Nilo se confirme até meados de janeiro, o PT e partidos aliados terão que rever o apoio à reeleição do atual presidente, sob pena de inviabilizar a articulação política de Rui Costa.
Foto: Montagem/Reproduçao ALBA