O plenário da Câmara dos Deputados pegou fogo esta semana. O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) teve momentos de tensão e bate-boca acalorado com o deputado Silvio Costa (PT do B-PE) em defesa ao seu irmão, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
A confusão começou quando Costa pediu, em seu discurso no plenário da Casa, a demissão de Geddel após a acusação de que ele teria praticado tráfico de influência para conseguir a liberação de um empreendimento imobiliário em Salvador.
“Ele praticou um crime sim. Imagina se isso tivesse ocorrido no governo da presidente Dilma Rousseff? Isso aqui estaria um pandemônio”, disse o deputado, que foi vice-líder do governo da ex-presidente petista.
Conforme disse o deputado, o presidente Michel Temer mantém Geddel no cargo para que ele não perca o foro privilegiado e não caia nas mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. “Ele está como sagui, chorando e mamando. Porque ele chorou, mas continua mamando”, afirma.
Ao rebater a fala de Costa, Vieira Lima afirmou que ele não tinha “moral” para apontar malfeitos porque o filho do deputado estava com os bens bloqueados. Sílvio Costa Filho foi acusado de desviar recursos quando foi secretário de Turismo de Pernambuco.
Lúcio afirmou também que estava disposto a enfrentar fisicamente o deputado do PT do B e disse que estava chamando Costa de “Silvio Tosta para não dizer outra coisa”, zombou.
Após a troca de farpas, Costa manteve o tom irônico e disse que, ao criticar Geddel e cobrar uma postura de Temer, apenas estava cumprindo o seu papel de oposição. “Eu não vou mais brigar com ele (Lúcio), eu não sou lutador de sumô”, disse em referência ao peso dele próprio e do peemedebista.
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