
A surpresa durante a sessão na tarde de hoje (19) foi à velocidade na votação do Projeto de lei que reajusta a remuneração dos edis, prefeito, vice e secretários em 25%.
O salário dos 43 vereadores de passa de R$ 15.031,76 brutos mensais para R$ 18.788,76 somente a partir de 2018. Isso significa que na folha de pagamento, além do salário, eles receberiam mais R$ 3.757 de reposição. Já o prefeito ACM Neto (DEM) que recebe hoje R$ 18.038,10 passa a ter uma remuneração de R$ 22.547,10. Durante o ano de 2017, os salários dos vereadores ficam congelados sem possibilidade de aumento.
Um dos que votou favorável ao aumento, o vice-líder do governo, vereador Leo Prates (DEM), defendeu o reajuste como decisão tomada durante a reunião do Colégio de Líderes na manhã desta segunda, momentos antes da votação no plenário da Casa. “Entendo que a correção de valores é uma decisão que entendo ser a melhor para sociedade”, considera Prates.
Contrários à proposta de reajuste salarial
Entre os vereadores que votaram contra o projeto de aumento dos salários, estão Hilton Coelho (PSOL), Vânia Galvão (PT), Gilmar Santiago (PT), Arnando Lessa (PT), Aladilce Souza (PCdoB) e Waldir Pires (PT).
Aladilce e Hilton Coelho foram duros nas críticas contra a condução dos trabalhos e a aprovação do reajuste dos salários pela atual legislatura.
A comunista disparou contra o reajuste ao dizer que não estava ciente da decisão tomada durante a Reunião de Líderes da Casa e considerou como falta de respeito e desprezo pela opinião pública a aprovação de aumento feito em fim de mandato e em meio a atual crise financeira.
O aumento nos salários dos vereadores, secretários municipais, prefeito e vice-prefeito foi o tema da discussão que divide opinioes entre os poderes executivo e legislativo de Salvador. Isso porque o prefeito ACM Neto já demonstrou ser contrário ao aumento nos vencimentos no Executivo, mas declarou que o Legislativo é livre para decidir o reajuste, mesmo diante de um cenário de crise economia no país que afeta os estados e municípios e de uma parcela da população que condena o reajuste.
Rafael Santana/Foto: Rafael Santana/TV Servidor