
Nesses momentos difíceis e violentos que vivemos a mulher representa não aquela que produz o milagre da vida, além de ser a conservadora da nossa estirpe.
Vivemos uma época “masculina” ligada ao excesso da razão e consequentemente à ciência. Não quer dizer que a mulher seja uma idiota. Não. Calma. A mulher detém outros valores dentro de si muitíssimo mais profundos e misteriosos. A mulher tem vínculo direto com a terra, com a fecundação, com o mundo vegetal e animal.
Particularmente recebi, a vida toda, ajuda de uma mulher. Em todas as etapas da minha vida, até por ser filho homem criado entre irmãs, tias, mãe, vô e amigas da família. A mulher tem coisas que homem nenhum tem: uma caridade quase mágica. E aqui lembro daquelas Deusas de civilizações antigas, onde se adorava a fecundidade como sinônimo de vida.
Acredito que a salvação deste mundo virá através das mulheres e não dos homens. Até que ponto o avanço da ciência, principalmente pelo homem, não está destruindo o mundo? Já diria o mestre Jorge Luis Borges no livro “Uno”: “Haverá sempre um home que ao notar que o seu lar está sendo derrubado irá se preocupar pelo Universo. Haverá sempre uma mulher que ao notar que o Universo está sendo derrubado, irá se preocupar pelo seu lar”.