
O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, preferiu ser cauteloso e disse que o resultado de empate será levado à executiva nacional da legenda. “Nós (diretório estadual) vamos fazer uma consulta ao (diretório) nacional, porque nosso resultado deu empate”, afirmou Everaldo. O dirigente petista disse ainda que o episódio com os dois vereadores levou o PT a fazer uma discussão mais profunda sobre o posicionamento do diretório municipal diante da bancada de vereadores na Câmara de Salvador. “Foi uma reunião muito boa. Deliberamos que vamos instituir uma assessoria de bancada, e que precisamos estreitar a relação e a comunicação entre todas as instâncias do PT. Isso é um ponto positivo”, avalia Anunciação.
Moisés Rocha aproveitou a oportunidade para elogiar a postura do diretório estadual do PT. “Eles trataram a questão com seriedade. Não se viu nenhuma notinha plantada aqui e ali, como acontecia com o pessoal”, disse o vereador se referindo ao diretório municipal do partido, de onde partiu a expulsão e cuja relação entre eles é nitidamente estremecida. Em nota, a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Intermunicipal (Sindilimp-BA), Ana Angélica Rabello, declarou que a decisão da legenda “faz justiça às trajetórias dos dois legisladores no partido”.
Ameaça de expulsão
O diretório municipal do PT decidiu expulsar os dois vereadores após a eleição para presidência da Câmara Municipal, que aconteceu em 1º de janeiro deste ano. O partido lançou a candidatura da vereadora Marta Rodrigues, mas Moisés e Suíca votaram em Léo Prates (DEM), que acabou eleito. Conforme eles, a própria Marta estava comprometida a votar no democrata, porque era um acordo da bancada petista. Moisés e Suíca garantem ainda que nem mesmo a uma hora da votação a correligionária lhes disse que era candidata.
Fonte: Tribuna da Bahia