Suíca: “Não se pode fazer uma reforma da Previdência e Trabalhista com o sacriifício daqueles que contribuiram e que vão contribuir com o nosso país”

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) fez críticas à PEC 287, da reforma da Previdência Social e considera as duas propostas do governo do presidente Michel Temer como “exploração ao trabalhador”.

Sobre o recuo de deputados  da base do governo Temer quanto à proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer, o vereador Suíca (PT) considera que a população entendeu o recado e percebeu que os futuros trabalhadores que vão entrar no mercado de trabalho não terão possibilidades de se aposentarem por conta dessa reforma apresentada “pelo governo não legítimo e que não tem voto”.

“E a população, ao entender isso, entende também que qualquer mudança no país foi com a população nas ruas. Nenhum parlamentar ou nenhum governo deu nada de graça a população, se ela não tivesse ido às ruas brigar. Parabéns a população que entendeu o recado dos sindicatos. Os parlamentares da base de Temer recuaram porque a reforma da Previdência Social veio no momento em que antecede às eleições de 2018. Muitos deles que recuaram, recuaram do ponto de vista de perderem os seus mandatos, recuaram com medo do movimento popular, recuaram porque a população está cobrando. Voce ver ai os movimentos que estão acontecendo. Eles não recuaram porque simplesmente acharam que a Previdência Social é um malefício para a população, eles recuaram porque a população disse a eles que não quer essa reforma e que as outras reformas que estão propondo a fazer tem que debater com a população, respeitando o voto da população. O povo nas ruas é quem está fazendo valer esse recuo de alguns deputados que achavam que a população ia ficar calada. Esses deputados não tem compromisso com a população”, opina Suíca

Ainda sobre a reforma da Previdência e da Terceirização, Suíca levanta a questão sobre quem banca essas duas propostas. “Eu acho que a terceirização tem que ser reformulada no Senado. Foram os donos das grandes empresas que financiaram a campanha de Arthur Maia e outros mais. Quanto mais precarizar e quateirizar eles vão ter mais lucros. Isso é fato. A outra é perceber quem é que financia essa questão da reforma da Previdência. São os bancos porque os bancos querem vender previdência privada e no país em que a maioria das pessoas recebe salário mínimo e ganham míseros salários, quem vai pagar uma previdência privada? Não tem sentido um negócio desse. Isso é escravidão de verdade. Uma das empresas que deve a previdência é de Arthur Maia que deve cento e tantos mil reais. É preciso cobrar de quem deve e não tirar daqueles que pagam com o dinheiro do seu trabalho. A reforma da previdência é a mesma coisa. Se existe um rombo ou um déficit na previdência, é preciso apurar com uma CPI proposta pelo senador Paulo Paim e se caso tenha um déficit, um rombo, correr atrás de quem não pagou, de quem roubou para poder pagar a quem deve e correr atrás das empresas que estão na lista de empresas que praticam trabalho escravo que devem dinheiro a previdência. Eu acho que são essas medidas que o governo, os parlamentares e a CPI têm que buscar. Esse é o caminho, porque a previdência não tem um rombo e nem déficit. Não se pode fazer uma reforma com o sacriifício daqueles que contribuiram e que vão contribuir com o nosso país”, dispara o edil petista.

Na questão da reforma trabalhista, Suíca considera que os capitalistas e os empresários continuam tendo lucro com a exploração do trabalhador. Suíca comentou ainda o projeto de Terceirização aprovado pela Câmara dos Deputados e criticou o voto dos deputados baianos favorável a proposta. “Parlamentares baianos, inclusive, os que votaram a favor da terceirização e que têm ido para alguns eventos inaugurar obras tem tomado vaias. A população não tem deixado eles se pronunciarem porque a população sabe o perigo e o risco que está correndo com o voto desses cidadãos [os parlamentares baianos]”, critica.

O relator da proposta da reforma da Previdência, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), defendeu idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. Pela proposta de reforma da Previdência, será preciso ter ao menos 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para se aposentar. A regra passaria a ser a mesma para homens e mulheres.

Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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