Os marqueteiros baianos João Santana e Mônica Moura chegaram em um veículo importado Range Rover por volta de 8h40. Minutos antes, três advogados de defesa da ex-presidente Dilma Rousseff chegaram ao TRE-BA para acompanhar o depoimento, que será feito por videoconferência com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Crucial
Os depoimentos podem complicar a situação da ex-presidente. Isso no caso dos baianos confirmarem que a petista sabia das doações para sua campanha por meio de caixa 2. Em delação premiada, Marcelo Odebrecht afirmou que Dilma tinha conhecimento do esquema. No relato do executivo, ele afirma que conversou com ela sobre o assunto após a eleição.
De acordo com a legislação, Dilma só ficaria inelegível caso fique comprovado que ela sabia do caixa 2 durante a eleição. Por enquanto, não há evidências de que Temer tinha conhecimento do suposto esquema envolvendo a campanha da chapa dele com Dilma.
Adiamento
O depoimento do casal foi possível por conta do pedido de adiamento do julgamento feito pela defesa de Dilma. A alegação é que a defesa precisava de mais tempo para se preparar. A manobra foi considerada “um tiro no pé”, já que permitiu que ministros solicitassem que os marqueteiros fossem ouvidos.
Eles, que foram responsáveis pelo marketing nas eleições de Dilma em 2010 e 2014, já confirmaram que receberam caixa 2 para coordenar a campanha da petista. Agora, eles podem afirmar que ela sabia das doações irregulares. Como eles fizeram a delação premiada, não podem mentir nem omitir informações durante os depoimentos.
Fonte: A TARDE