
Ao mencionar a prática de discriminação cometida por uma vereadora do Rio Grande do Sul contra nordestinos, o presidente da Câmara, vereador Leo Prates (DEM) defende a necessidade de entrar com processo judicial contra a parlamentar gaúcha que, conforme Prates, “não representa o povo do Rio Grande do Sul em relação ao povo do nordeste”.
“Eu sou nordestino e tenho muito orgulho de ser nordestino e baiano”, disse Prates.
Na mesma linha de Leo Prates, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) disse que vai apresentar moção de repúdio em plenário e pediu ao presidnte Leo Prates que apensasse o texto no msmo processo no sentido de repudiar “a descabida discrminação de racismo, xenofobia e de intolerância”.
“Eu acho que não cabe em nenhum cidadão e, muito menos, a uma vereadora, uma representante da população que tem que dar exemplo ao contrário do que está fazendo. Isso é uma prática criminosa. O nordestino tem o mesmo valor igual a qualquer outro cidadão de qualquer outra região do país”, defende Aladilce.
Conforme acordo, o presidente Leo Prates decidiu ajuntar o mesmo pedido de moção de repúdio em nome dos 43 vereadores.
Na oportunidade, o vereador Sílvio Humberto comentou um caso de racismo pela internet. Ele citou a declaração de uma pessoa da internet que fez discriminação contra o povo da Bahia pelas redes sociais.
“Seria lindo ver aquela gente nojenta e escurinha da Bahia e ai vem o kkkkk”, reproduz Sílvio Humberto.
“A internet e as redes sociais são terra de ninguém. Eu quero que Câmara fala uma moção de repúdio conta mais essa ação racista que não se coaduna com o povo brasileiro”, completa.
O presidente Leo Prates corrobora: “me associo e concordo com vossa excelência”.
Na mesma direção do vereador Sílvio Humberto, o vereador Moisés Rocha (PT) disse que esse ódio ao nordeste começa a partir da eleição presidencial de 2014.
“Nós temos que ter cuidado com o que discursamos, porque a partir do resultado eleitoral de 2014, com a eleição de Dilma que obteve votação expressiva. A classe política precisa ter muio cuidado para não fazer um discurso de ódio”, pede Moisés.
Rafael Santana