
A Semana de Incentivo à Doação de Medula Óssea foi comemorada pela Câmara Municipal de Salvador, em sessão especial realizada na tarde de quinta-feira (25), no Plenário Cosme de Farias. Militante da causa e propositor da solenidade, o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) ressaltou a importância da conscientização sobre o tema.
Ao apresentar um panorama e apresentar dados relativos à doença, o legislador e médico soteropolitano demonstrou preocupação com o fato de o Hospital Português deixar de fazer o transplante de medula óssea.
“O objetivo da sessão especial é conscientizar a população. O que podemos fazer para ajudar os pacientes? Esta é a pergunta que se coloca”, disse o vereador Odiosvaldo Vigas, destacando a necessidade de esclarecer os procedimentos para a realização do transplante e aumentar o número de doadores.
Médico hematologista do Hospital São Rafael e transplantador de medula óssea, Thiago Tales de Freitas fez a palestra principal da sessão especial.
“É uma profissão bem difícil. Temos muitas perdas. Pessoas que são jovens, cheias de sonhos, que acabaram de casar ou ter filhos e acabam morrendo. O que nos mantêm firmes são as muitas histórias de sucesso. É o que nos motiva a seguir adiante nessa missão”, declara Thiago Freitas.
Imprevisibilidade
Para o advogado Henrique Quintanilha, o vereador Odiosvaldo Vigas “demonstra sensibilidade” ao trazer o tema para debate na Câmara de Salvador. “Todos nós podemos ter câncer, da classe A à classe E. Não tem como se prever e precaver. Os poderes públicos precisam estar atentos”, argumenta.
Já Ângela Maria Ferreira Canário, representando o Grupo de Pacientes e Amigos do MM Baiano, revelou as dificuldades da doença. “E eu não precisei transplantar. Fiz apenas a quimioterapia”, relata.
A sessão especial contou, também, com a apresentação do Coral da Câmara Municipal, regido pelo maestro Carlos Veiga.
Transplante
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.
É na medula óssea que se localizam as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela geração de todo o sangue. Essas são as células substituídas no transplante de medula.
As células-tronco hematopoéticas também circulam no sangue periférico, podendo ser coletadas por aférese e no sangue do cordão umbilical, quando são coletadas após o nascimento do bebê. Por isso, o termo “transplante de medula óssea” tem sido substituído por “transplante de células-tronco hematopoéticas” para estes procedimentos.
Fonte: Secom/CMS