
O Brasil é o país onde mais se mata homossexuais no mundo, sendo que o número de assassinatos é o dobro do segundo colocado, o México. Já a Bahia, está na segunda posição entre os estados brasileiros, de acordo com relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Esses dados motivaram a vereadora Marta Rodrigues (PT) a requerer uma sessão especial pela passagem do Dia Internacional de Combate à Homofobia (17 de maio), que foi realizada na noite desta sexta-feira (2), no Plenário Cosme de Farias.
“Nós só vamos conseguir enfrentar o preconceito e a violência se tivermos políticas públicas e leis. O debate nessa Casa tem essa importância e essa magnitude, pois é aqui que se pensam as leis. Outro ponto importante é garantir orçamento para as políticas públicas que queremos implantar e aqui na Câmara iremos votar, em julho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e nela já devemos contemplar verbas que garantam, por exemplo a implantação de um centro de acolhimento LGBT”, disse a vereadora Marta Rodrigues que convocou os militantes a contribuírem com sugestões para emendas à LDO.
O retrocesso nos direitos, preconceito e necessidade de políticas públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) foram os temas mais discutidos na sessão. “Nós estamos vivendo um momento de retrocesso civilizatório no Brasil com essa onda conservadora e reacionária. Com isso, se amplia a violência contra a população LGBT. Nós somos hoje campeões mundiais de LGBTfobia. Para a Bahia, que ocupa o segundo lugar em número de crimes, nós estamos discutindo políticas públicas e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal terá uma audiência com o governador para discutir esse tema”, afirmou o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB).