
“Muitos jovens possuem preparo teórico, porém sem a possibilidade de praticar os conhecimentos adquiridos na academia, formando um verdadeiro exército de desempregados”, afirma o vereador Ricardo Almeida (PSC). Com o Projeto de Lei nº 388/17, o parlamentar quer modificar esta situação. Ele propõe que hospitais e clínicas conveniadas com o município reservem 10% de suas vagas para os recém-formados na área de saúde.
“Uma pesquisa sobre educação para o mercado de trabalho, abrangendo nove países, indicou que quase 40% dos empregadores ouvidos apontam a falta de competência como o principal motivo para que vagas destinadas a recém-formados deixem de ser preenchidas”, informa Ricardo Almeida.
O vereador argumenta que, apesar da cética percepção do mercado de trabalho, as instituições de ensino possuem uma ideia mais positiva sobre o preparo e a capacidade dos jovens, “ressaltando a necessidade de um diálogo para formar profissionais melhores”.
“O descompasso de percepções ocorre pela falta de integração entre os envolvidos. Com a pesquisa de mercado, Luís Norberto Pascoal, conselheiro da organização Todos pela Educação, defendeu a implementação de uma educação integrada, entre o mercado de trabalho e as instituições de ensino para estruturar profissionais bem-preparados. As empresas acham que o problema é do Estado, do indivíduo, e não fazem um olhar conjunto”, disse o parlamentar.
Conforme o projeto de lei, recém-formados são aqueles indivíduos que tenham até dois anos após a colação de grau. A negociação para garantir a mão de obra ocorrerá por meio do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra.
Fonte: Secom/CMS