
O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e integrante da força tarefa da operação Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, não poupou críticas ao PMDB, partido que acusa de tentar acabar com a operação.
Um dos alvos do procurador é o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que é vice-presidente da Câmara. O parlamentar, em declarações recentes, afirmou que acredita ser necessário dar um prazo final para operação, que poderia ser de até seis meses, a fim de que o país pudesse continuar os trabalhos, especialmente no debate das reformas que o governo propõe, além de sinalizar com um ambiente jurídico mais seguro.
“Não vai ser agora que a operação investiga o PMDB e outros partidos que se beneficiaram do governo Dilma e hoje se beneficiam do governo Temer que a Lava Jato vai acabar. Realmente há muito trabalho por fazer, seja terminarmos investigações do passado, seja iniciarmos novas investigações para o futuro”, afirma Carlos Lima.
O procurador repreendeu também o presidente da República Michel Temer ao recordar que o governo criou uma estratégia para ganhar apoio no Congresso Nacional e também na tentativa de enfraquecer as ações da operação.
“Agora que Temer conseguiu com liberação de verbas, cargos e perdão de dívidas para ganhar apoio do Congresso, o seu partido deseja acabar com as suas investigações. Mas, mesmo com todas as articulações do governo e de seus aliados, as investigações vão continuar por todo país”.
Fonte: A TARDE